Tratado de Lisboa

O NÃO ao Tratado de Lisboa acabou por ganhar num dos países que mais deve à União Europeia. A República da Irlanda, hoje em crescendo económico, era um deserto antes de aderir à antiga CEE. Eu compreenderia esta vitória se fosse devidamente sustentada, percebo as inquietações dos países mais pequenos numa Europa cada vez mais alargadas. Aliás, é o nosso caso! Mas esta vitória acabou por ter apoio no maior beneficio da democracia, a liberdade da expressão, que tem sido muitas vezes utilizada ao longo da história para vencer pelo medo. Neste caso foi aproveitado o medo da grande parte irlandesa de raízes católicas. Por exemplo, foi-lhes dito que o aborto livre, a eutanásia e a não neutralidade em situação de guerra seriam impostos na UE por este tratado, mentira! É sempre mau quando alguém vence por mentir, ainda mais por mentir tão descaradamente.

Muito sinceramente não sei até que ponto este é o melhor tratado, mas sei duas coisas: a Irlanda, tal como Portugal, deve muito do seu desenvolvimento nas últimas três décadas, duas no nosso caso, à sua entrada na UE e o tratado que foi a referendo não foi o mesmo tratado apresentado pelos defensores do NÃO. Espero que a UE ultrapasse mais este impasse, o Mundo precisa de uma Europa unida e forte.

Os pontos-chave do Tratado de Lisboa

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